Juca era uma cadelinha assustada por toda uma história de sofrimento, negligência e abandono. Encontrou um verdadeiro lar, mas ainda se está a adaptar, devagarinho.
Aqui deixamos as palavras da sua nova família:
"Agora que é fim-de-semana consigo dar-lhe algumas notícias deste projectinho de gente que é a Juca.
Penso que as coisas estão a correr muito bem e hoje de manhã, pela primeira vez, aquela caudinha abanou decididamente quando ela estava com os outros dois (a Babita e o Hoshi) na cozinha e com o namorado da minha filha. Bom, mas foi apenas uma vez porque continua quase sempre com o rabinho entre as pernas. De qualquer modo isso não a impede de procurar a nossa companhia quando estamos com os outros e de os procurar.
Arranjámos-lhe um sítio (a casa da Juca) que me parece ter-lhe agradado muito. É um cantinho na sala que se situa entre um sofá destinado a quem quer que tenha 4 patas a parede e o móvel da TV. Para além deste sofá comunitário para quem tem 4 patas, cada um tem a sua cama na sala e em cada quarto há também um lugar preferido de cada um. Nos quartos ainda não sabemos qual a zona preferida da Juca. Por enquanto ou é em cima da cama, encostadinha a alguém, ou é debaixo da cama. Sei que depois não vai ser debaixo da cama porque a primeira que adoptámos também fazia o mesmo e agora já se decidiu pelos seus lugares preferidos.
A "casa da Juca" na sala é um cantinho que pelo tamanho do espaço é desagradável para os outros e é espaçoso para ela, que entra e sai por um fresta (a porta) onde só ela consegue passar muito facilmente. Os outros podem ir lá se saltarem pelo sofá deles, mas para eles aquele canto é apertado e, por isso, nada convidativo.
Nota-se perfeitamente que ela se sente segura naquele "grande reino", pois sai e entra quando quer. Assim vai explorando a casa, as pessoas e os outros 2 companheiros e, se se sente insegura (basta qualquer barulhinho que ela não conheça), foge para lá e fica à porta a espreitar para ver o que se passa.
Pelo
grande porte dela tem dormido sempre ou na minha cama, ou na cama da minha filha onde os outros dois, por ciumeiras, vêm também aterrar com já faziam antes, mas agora com mais frequência.
Achamos engraçado ver a adaptação dela a todos e termos de lidar com as ciumeirinhas dos outros dois, que gostam dela, mas têm receio de perder alguma coisa com a chegada deste projectinho de gente.
Mando-lhe em anexo algumas fotografias. Algumas estão desfocadas mas servem para ver a "casa da Juca" e nós a lidarmos com as ciumeiras dos que já eram residentes.
Dei-me conta que não aparece nenhuma foto em que ela esteja ao nosso colo, mas com grande frequência temo-la ao colo e fazemos-lhe festinhas, só que os outros dois aparecem logo e temos que dar festinhas a 12 patas em simultâneo para ninguém se sentir em causa. Há lugar para todos. Com as devidas comparações, se eu tinha mais 9 irmãos, três cães têm todos lugar e nenhum tem que perder o afecto dos donos. São todos diferentes e engraçados pelas suas características únicas, quer no feitio, quer fisicamente. Eu não daria tanto valor ao tamanho da Juca se não tivesse os outros bem maiores. Quanto ao seu feitio ela terá que o ir revelando ao seu ritmo, à medida que for ganhando confiança, mas será bom com certeza.
Beijinhos e obrigada pelo vosso trabalho de ajuda a estes animais,
Amália Dionísio"
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| Muitos mimos para a Juca |
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| Juca na segurança do seu pequenito "reino" |
Ficamos sempre muito contentes por saber que estes patudinhos ficam tão bem entregues!
Felicidades para todos os membros da nova família da Juca!
